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Para-Raios: será que minha edificação precisa disso?

Para-raios

Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) parece um termo complexo e novo, porém é algo bem antigo. Em 1836, Michael Faraday construiu uma sala revestida com folha metálica e injetou altas descargas de tensão no exterior da sala. Utilizando um eletroscópio, verificou que não havia carga elétrica presente no interior das paredes da sala. Com isso concluiu que em um condutor carregado, a carga residia somente em seu exterior sem apresentar influência em seu interior. Nascia aí o famoso sistema chamado de “Para-raios”, ou, pela sigla, SPDA.

Os melhores sistemas de proteção atmosférica atuais baseiam-se neste princípio, chamado de Gaiola de Faraday, e consiste simplesmente em cercar uma edificação com condutores de modo que, ao ocorrer uma descarga atmosférica (raio), este mesmo seja absorvido pelos condutores e não exerça influência sobre a edificação.

O funcionamento do sistema pode ser otimizado ainda pela instalação de captores, estrategicamente posicionados e interligados com a malha, para que direcionem o raio da melhor maneira. Além disso, ainda é instalada uma conexão com a terra para neutralizar a energia do raio (o famoso aterramento).

A conexão com a terra pode ser feita de várias maneiras. Uma delas é a malha de aterramento, que nada mais é do que uma série de hastes condutoras enterradas e interligadas formando um anel ao redor da área construída. O aterramento ainda pode ser feito de maneira estrutural, ou seja, quando os próprios pilares da edificação possuem em seu interior um condutor com essa finalidade que, por sua vez, são enterrados com as fundações.

Com a finalidade de proteger a vida e a integridade de equipamentos, hoje os sistemas de SPDA são obrigatórios em vários tipos de edificação. Essa obrigatoriedade é definida pela norma NBR-5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, e outras normas estaduais, mediante análise de risco que leva em consideração uma série de fatores e características da edificação.

Projetos e execuções corretivas também são necessárias, uma vez que todos os sistemas de SPDA passam por avaliação dos bombeiros e podem ser o motivo de embargo da obra. Estes projetos, bem como instalações, manutenções, laudos, perícias e pareceres técnicos em SPDA’s devem ser feitos por um engenheiro eletricista, engenheiro mecânico-eletricista ou técnicos na área de engenharia elétrica. São profissionais habilitados para trabalhar com este tipo de serviço.

Um projeto de SPDA, apesar da grande responsabilidade do engenheiro, parte de um valor bem acessível, por volta de R$1.200 reais (valor em 2020), entretanto, os custos totais de projeto e instalação de um SPDA dependem também de outros fatores que variam de acordo com o tamanho do projeto, como quantidade de materiais, mão de obra, etc.

Assim, definimos que os sistemas de SPDA são de suma importância, e devem ser sempre associados a um profissional ou empresa competente. Agora você já sabe o que é, por que fazer e com quem fazer. Se seu empreendimento necessita de SPDA, ou mesmo se você possui dúvidas quanto a este sistema, entre em contato conosco. Nossos engenheiros estão aqui para quaisquer esclarecimentos e auxílio!

Tem mais dúvidas?

Manda pra gente através da caixa de texto abaixo, ou então no nosso e-mail: contato@galileuengenharia.com.br

Robson Daniel Francisco
Engenheiro Ambiental e de Segurança do Trabalho

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